O tema em questão é estritamente ligado à fatos que geram sentimentos de sofrimento e perda, os quais são exacerbados através de como a mídia os expõem. Entretanto, é preciso olhar não apenas para os fatos apresentados, mas lê-los, interpretá-los e visualizá-los como uma oportunidade de desenvolvimento, não só em escala local.
Além disso, é preciso atentar-se para o fato de que um evento natural pode ter efeitos negativos no momento em que acontece, entretanto, em longo prazo, além de poder promover a integração e, também, pode se tornar um fator de modificação das dinâmicas sociais e urbanas. Como exemplo, pode-se citar o terremoto de 1906 em São Francisco, na Califórnia, que tem a importância atribuída mais pela riqueza do conhecimento científico dele derivado do que do seu tamanho ou intensidade. Após o evento trágico, uma comissão de cientistas da Califórnia começou a elaborar um relatório sobre o terremoto e seus efeitos, que subsidiou o desenvolvimento de regras de construção para edifícios e pontes mais resistentes aos tremores.
No que tange a questão social, pode-se citar o tsunami ocorrido em 2004 na província de Aceh, na Ásia, que ajudou a acabar com o conflito separatista na Indonésia. Isto porque após o evento acontecido, as partes envolvidas assinaram um histórico acordo a fim de finalizar o impasse separatista que há muito tempo se protelava.
As catástrofes decorrentes da ação antrópica também podem ter as mesmas reações de uma catástrofe natural. Como exemplo mais evidente, pode-se citar o grande incêndio que devastou a cidade de Chicago em 1871, mas que contribuiu para a mudança no planejamento moderno das metrópoles dos Estados Unidos, porque até o chamado “Grande Incêndio de Chicago” não havia planejamento urbano e regulamentação para as construções da cidade, que crescia de forma rápida e desordenada. Em 1885, Chicago testemunhou a inauguração do primeiro arranha-céus dos EUA feito com estrutura de metal resistente ao fogo, que acabou definindo a “Escola de Arquitetura de Chicago”.
A mudança de identidade do município de Hiroshima, no Japão, após o lançamento da bomba atômica pelo EUA durante a 2ª Guerra Mundial, também ilustra que uma catástrofe provocada pela ação do homem pode ser elemento de transformação local. No caso de Hiroshima, que possuía tradição militar desde a era Menji (1868-1912), e até 1945 era sede de importantes instalações das Forças Armadas japonesas e de fábricas que produziam materiais utilizados pelo Exército, adotou o conceito de “cidade da paz” como base para seu processo de reconstrução.
Conclui-se que, as catástrofes naturais e antrópicas podem ser o principal elemento para mudanças estruturais em uma cidade ou região. Os exemplos acima ilustram que não basta apenas ter recursos financeiros para a reconstrução, mas que as questões sociais também são importantes para que o planejamento estratégico a ser implantado.
Débora Rocha, Giuseppe Lippo, Mauro Cossu, Samuel Da Silva
Além disso, é preciso atentar-se para o fato de que um evento natural pode ter efeitos negativos no momento em que acontece, entretanto, em longo prazo, além de poder promover a integração e, também, pode se tornar um fator de modificação das dinâmicas sociais e urbanas. Como exemplo, pode-se citar o terremoto de 1906 em São Francisco, na Califórnia, que tem a importância atribuída mais pela riqueza do conhecimento científico dele derivado do que do seu tamanho ou intensidade. Após o evento trágico, uma comissão de cientistas da Califórnia começou a elaborar um relatório sobre o terremoto e seus efeitos, que subsidiou o desenvolvimento de regras de construção para edifícios e pontes mais resistentes aos tremores.
No que tange a questão social, pode-se citar o tsunami ocorrido em 2004 na província de Aceh, na Ásia, que ajudou a acabar com o conflito separatista na Indonésia. Isto porque após o evento acontecido, as partes envolvidas assinaram um histórico acordo a fim de finalizar o impasse separatista que há muito tempo se protelava.
As catástrofes decorrentes da ação antrópica também podem ter as mesmas reações de uma catástrofe natural. Como exemplo mais evidente, pode-se citar o grande incêndio que devastou a cidade de Chicago em 1871, mas que contribuiu para a mudança no planejamento moderno das metrópoles dos Estados Unidos, porque até o chamado “Grande Incêndio de Chicago” não havia planejamento urbano e regulamentação para as construções da cidade, que crescia de forma rápida e desordenada. Em 1885, Chicago testemunhou a inauguração do primeiro arranha-céus dos EUA feito com estrutura de metal resistente ao fogo, que acabou definindo a “Escola de Arquitetura de Chicago”.
A mudança de identidade do município de Hiroshima, no Japão, após o lançamento da bomba atômica pelo EUA durante a 2ª Guerra Mundial, também ilustra que uma catástrofe provocada pela ação do homem pode ser elemento de transformação local. No caso de Hiroshima, que possuía tradição militar desde a era Menji (1868-1912), e até 1945 era sede de importantes instalações das Forças Armadas japonesas e de fábricas que produziam materiais utilizados pelo Exército, adotou o conceito de “cidade da paz” como base para seu processo de reconstrução.
Conclui-se que, as catástrofes naturais e antrópicas podem ser o principal elemento para mudanças estruturais em uma cidade ou região. Os exemplos acima ilustram que não basta apenas ter recursos financeiros para a reconstrução, mas que as questões sociais também são importantes para que o planejamento estratégico a ser implantado.
Débora Rocha, Giuseppe Lippo, Mauro Cossu, Samuel Da Silva